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O Sinédrio
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O sinédrio era o conselho de juízes - uma espécie de
corte suprema - que operava em Israel por volta da época
de Jesus. Durante o período em que o sinédrio existia,
outras nações reinavam sobre Israel. Esse corpo de
líderes consistia de 71 membros e fazia seus negócios
em Jerusalém.
O nome sinédrio vem das palavras grega sin (junto) e
edrio (sentar). Esse termo é usado vinte e duas vezes no
Novo Testamento.
No Novo Testamento, o sinédrio aparece de uma maneira
negativa. O evangelho nos diz que foi esse o grupo que
colocou Jesus em julgamento. No livro de Atos vemos o sinédrio investigando e perseguindo a crescente
igreja cristã.
SUMO SACERDOTES
O Sinédrio era comandado por um presidente que era conhecido como "o sumo sacerdote". Normalmente
os saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens mais poderosos do Sinédrio. Um sumo
sacerdote era o capitão do templo e o outro supervisionava os procedimentos e comandava o guarda do
templo (Atos 5:24-26). Os outros serviam de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e
trabalhadores e monitorando a vasta quantia de dinheiro que vinha através do templo.
OS ANCIÃOS
ASegunda categoria principal dos membros do sinédrio eram os anciãos. Esses homens representavam a
aristocracia sacerdotal e financeira na Judéia. Leigos distintos como com José Arimtéia (Marcos 15:43),
dividiam a visão conservadora dos saduceus e davam a assembléia à diversidade de um parlamento
moderno.
ESCRIBAS
Os membros mais recentes do sinédrio éramos escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram
advogados profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados em grémios e
normalmente seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um escriba famoso do sinédrio, que
aparece no Novo Testamento (Atos 5:34), foi o erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3).
NOS DIAS DE JESUS
Nós sabemos mais sobre alguns aspectos do Sinédrio nos dias de Jesus do que sabemos sobre ele antes
ou depois. Uma coisa que sabemos é a extensão de sua influência. Oficialmente, o Sinédrio tinha só tinha
jurisdição na Judéia. Mas na prática ele tinha influência na província da Galiléia e até mesmo em Damasco
(Atos 22:5). O trabalho do conselho era basicamente julgar assuntos da lei judaica quando surgiam
discórdias. Em todos os casos, sua decisão era final. Eles julgavam acusações de blasfémia como nos
casos de Jesus (Mateus 26:65) e Estevão (Atos 6:12-14) e também participavam na justiça criminal. Ainda
não sabemos se o sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo, indica que no período
romano o sinédrio podia julgar violações ao templo. Isso explica as mortes de Estevão (Atos 7:58-60) e
Thiago. Gentios que eram pegos ultrapassando o recinto do templo eram avisados sobre uma pena de
morte automática. Porém, o Novo Testamento e o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No
julgamento de Jesus, as autoridades estavam convencidas em envolver o governador romano Pilatos, que
por si só poderia mandar matar Jesus (João 18:31). De acordo com o Talmude, o sinédrio perdeu o
privilegio de executar punição capital "quarenta anos antes da destruição do templo" ou por volta da época
da morte de Jesus.
Fonte: iLúmina